Luzes de emergência em edifícios devem obedecer a uma série de exigências

 

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Praticamente todo mundo já deparou com uma iluminação de emergência, mas é possível também que a maioria não tenha dado importância ou se perguntado como é por que é necessário que os edifícios tenham esse equipamento. O desuso cotidiano dá a falsa impressão de que essas luminárias são apenas um acessório, quando na verdade devem obedecer a muitos requisitos para estar ali.

Mais profundamente, há uma instrução normativa feita exatamente para esses aparelhos. Na NBR 10898 estabelece uma série de regras que podem ajudar a salvar vidas numa eventual situação que exija que as pessoas evacuem o local. “A iluminação de emergência tem o papel de indicar claramente as rotas de fuga para as pessoas em meio a uma situação extrema, como num incêndio, por exemplo. Mesmo com a visibilidade bastante comprometida nesses casos, as luzes se acendem e indicam o caminho para onde elas devem seguir”, explica João Borges, gestor de contratos e sócio da Projelet, empresa de engenharia e arquitetura especializada em soluções inteligentes para a construção civil.

Para isso, explica, há dois tipos de iluminação: a de aclaramento, cuja função é garantir a luminosidade do local em no mínimo 70% do ambiente, e a de balizamento, que serve para indicar o caminho até a saída. Mas não é só isso. Ele também atenta que esses equipamentos precisam funcionar em condições extremas, o que faz com que as normas sejam bastante rígidas.

“Essas iluminações não devem funcionar no dia-a-dia, mas em circunstâncias em que se mostram realmente úteis. Por isso, há algumas prescrições importantes. Por exemplo, ser capaz de suportar um calor de 70ºC por pelo menos uma hora e de uma maneira que não ofusquem os olhos de quem precisa se localizar pela luz de emergência”, orienta.

A NBR 10898 também determina uma distância máxima de 15 metros entre um ponto de luz e outro, e que a fixação seja rígida para evitar a queda acidental do aparelho. Além disso, o equipamento também deve ser capaz de suportar um jato de água de 110 litros por minuto sem se desprender do lugar, situação que pode ocorrer diante da atuação dos bombeiros contra um incêndio.

“As normativas para a iluminação de emergência são várias, e o cumprimento a todas elas pode contribuir significativamente para que atenda às suas funções. Contudo, é claro, a ideia é que nunca seja necessário utilizá-la. Cabe ao condomínio respeitar as normas e garantir que o sistema não seja esquecido. Infelizmente temos exemplos tristes de tragédias provocadas pela falta de iluminação de emergência”, salienta.

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